sábado, 16 de novembro de 2013

Convite evento comemorativo 200 anos MAUÁ - PUCRS

Protótipo Troféu MAUÁ/FACE.

Capa Livro  "MAUÁ: PARADOXOS DE UM VISIONÁRIO", Porto Alegre: Letra&Vida, 2013.

domingo, 26 de maio de 2013

As Utopias- Concretas de Visconde de Mauá -Um Ícone do empreendedorismo-

 
                                                                                          Nelson Fossatti
                No  extremo  Estado  do  Rio Grande do Sul   situam-se  duas imensas  lagoas,  Lagoa dos Patos e a Lagoa  Mirim, ambas  demarcaram as fronteiras do Rio Grande do Sul, foram e são   testemunhas  da história,  e  da formação do Estado Brasileiro.  
O viajante que seguir  no rumo da fronteira  verá que a histórica  Lagoa Mirim parece  descansar  as  águas azuis no imenso horizonte para    abraçar freguesia  de Nossa senhora  das Graças de Arroio Grande,  atualmente  denominado Município de Arroio Grande.
            Filho  daqueles campos   estão   personalidades  importantes,    entre elas,  o reconhecido  herói Joaquim Teixeira Nunes, ou  Coronel Gavião  chefe dos lanceiros negros  da Revolução Farroupilha,  Gumercindo Saraiva que lutou na Revolução Federalista de 1893 e    em  especial  a figura  de  Irineu Evangelista de Sousa- Visconde de Mauá.
            O berço daqueles homens, em sua maioria, foi aquecido mais  no fogão  das revoluções do que no colo  de suas mães,  seus habitantes na sua maioria, eram  forjados nas lides do campo, onde a  economia  primária se desenvolvia com base na pecuária e nas charqueadas.

Por natureza eram desbravadores, iluminados  por um raio de  esperança  traziam em sua   índole,   a disposição de  lutar  por  ideais  e  princípios   próprios de uma   época   onde  as  fronteiras do Rio Grande, no dizer de  João Neves da Fontoura, “ foram traçadas  a ponta de lança e a pata de cavalo”.

Irineu Evangelista de Sousa -Visconde de Mauá era um destes  homens.  Nascido  em  28 de  dezembro de 1813, na então freguesia  de Arroio Grande,   homem de  personalidade  inquieta   com  a mente povoada de sonhos e de aspirações   tornou-se   um   empresário realizador, após 200 anos,   seus exemplos  ainda se inscrevem     na historia   do  País.  
A  epopeia de vida de  Mauá, bem demonstra  sua origem,  capaz de vencer as intempéries de seu tempo,  dar   exemplos  de palavra e honradez  é   considerado até hoje, o ícone do empreendedorismo e da industrialização do  Brasil.

            O que é ser empreendedor?  HIRISH,( 1986) lembra que o termo empreendedor tem origem na palavra francesa  intrepreneur  aquele que assume riscos  e sempre está buscando inovações.  Conforme    Kets de Vries (1977) na sua obra The entrepreneurial personality: a person at the crossroads, ser  empreendedor significa  ser inovador, aceitar e  correr  riscos, capaz de elaborar novas ideias, implementá-las bem como administrá-las, possuindo  uma personalidade altamente imprevisível. Conceito semelhante ao de   Mintzberg (2000)  que  entende  empreendedor aquele que tem capacidade de lidar com riscos, sendo   altamente estimulado  pelos desafios  que trazem a realização de seus projetos

            Assim, pode-se  identificar  um  empreendedor  na trajetória de Mauá  por  trazer  na sua   personalidade,  características  de inquietude, de incontinência   de   tendência  para o amanhã, de   despertar  o futuro  e acima de tudo,  ser   um visionário,  alguém que soube    conviver  com  riscos e  contingências,  perseguir   um  ideal  e por natureza,  ser teimoso em suas ações, ser um otimista  militante,  possuir  conhecimento e  capacidade  para   realizar  os sonhos e  projetos  utópicos, bem como,  e   desafiar  as incertezas  do mundo.
           
            Mauá  pode ser considerado  um empresário que conseguiu realizar as utopias de sua  época. Neste sentido, Mauá se destaca no pensamento Utópico moderno,  uma vez que  “atualizou na práxis”,   o conceito de utopia-concreta  pensado  por  Ernst Bloch (2005).  
            Bloch(2005) ao estudar as utopias concretas,  em sua obra  magna,  O Princípio Esperança,  observa   que  todo   ser humano  tem possibilidades  de construir   e realizar seus sonhos diurnos e suas utopias.  Na visão do autor, tais  sonhos são inovadores  não  reeditam o passado,   uma vez alcançados,   se reproduzem em novos sonhos,  dando lugar a novas utopias que  vão se tornar real.
A utopia   pode ser  entendido como um  valor-nato do homem,  conforme  prescreve  Souza (2008), a “Utopia Não pode ser Destruída, pois Ela é o Valor  mais íntimo do Ser Humano, Inclusive dos Últimos entre os Últimos”.  Irineu Evangelista  de Sousa foi um dos empresários que mais  cultivou  este valor,  para ele,  certamente,  foi um dos  primeiros valores  entre os primeiros.

            Portanto  empreendedor  seria,  certamente,  aquele  que ao realizar  seus sonhos,  ao  alcançar   o objeto de seu desejo, deve  trazer  consigo,  um algo a mais,   um   “princípio  esperança”,  aquele princípio    que conduz  a concretude, que  concilia  o ser humano  e  a natureza  incompreendida. Bloch certamente apontaria Visconde de Mauá, um   "exemplo"   de alguém que acreditou   na possibilidade de fazer de  seus   sonhos  acordados  e  suas  tantas  utopias  se tornarem concretas, podendo citar  entre eles  a  industrialização, abolição da escravatura,  e o desafio  de   interligar  o Brasil  ao mundo pelas telecomunicações.
            Neste sentido pode-se  pensar   o empreendedor,   como   o  empresário  capaz de  desafiar,  riscos,  as contingências  que  movido por um espírito de esperança, cria  não só as  condições  de credibilidade    para   suas  utopias  como tem  a oportunidade de  torna-las   real.
            Assim  pode-se entender  os traços de um empreendedor na figura de   Irineu Evangelista de Sousa - Visconde de Mauá.   Órfão aos 5 anos de idade,   aos nove anos  foi  levado   por seu tio a  capital do Império  para  iniciar-se  na ciência do comércio. De sorte  que   encontrou  no  comerciante escocês,  Richard  Carruthers  seu entusiasmado  tutor,  a pessoa que lhe oportunizou  ser  gerente   da empresa  Carruthers  & Cia   e mais tarde  tornar-se,  em   seu tempo,  o maior expert  em finanças  e contabilidade do  país.

            Mauá,  foi o  empreendedor , que   inaugurou  a industrialização  do país  com   uma série  de investimentos,   fundadando  e participando  de  várias  outras empresas. Conforme Izecksohn e Martins(2005),  na  pesquisa  Análise Mauá e Cia a Autocrítica do Maior Empreendedor Brasileiro, Mauá  fundou  10 empresas; Investiu  em outras 11 empresas, além de participar  de  outras formas  de empreendimentos.
Pode-se verificar na relação a seguir,  o elenco de   empreendimentos  e participações Mauá,  fato  que  bem demonstram    sua vocação  e sua personalidade empreendedora:
Estabelecimento da Ponta  da Areia;
Banco do Brasil;
Companhia de Rebocadores a Vapor para o Rio Grande;
Companhia de Iluminação  a Gás do Rio de Janeiro;
Estrada de Ferro de Petrópolis Navegação a Vapor do Rio Amazonas;
Companhia  Diques Flutuantes;
 Estrada de Ferro Santos a Jundiaí;
Estrada de Ferro do Rio Verde;
 Banco Mauá &Companhia. Investimento
 Cabo Submarino;
Companhia  Fluminense  de Transporte;
Estrada de Ferro do Recife a São Francisco;
Estrada de Ferro da Bahia;
Companhia de Curtumes;
Companhia  Luz Esteárica;
Montes Áureos Braziliam Gold Mining Company;
Estrada de Ferro D. Pedro II;
Caminho de Ferro da Tijuca;
Botanical Gardens Rail Road Company;
Estrada de Ferro Antonia à Curitiba .

            A  saber sua primeira industria  de fundição,  denominada Ponta da Areia em Niterói  produziu os canos de ferro que  canalizaram o rio Maracanã. E sua  outra   empresa  “Companhia de Iluminação  a Gás do Rio de Janeiro” ofereceu  na noite de 25 de março de 1854 uma visão  inimaginável, as   ruas, pontes,  praças  da corte,  foram pela primeira vez,    iluminadas  pelos lampiões a gás,  também , instalados pela empresa de Mauá.
            Entretanto   a industria de Ponta de Areia  foi a que mais  resultados trouxe ao país na época,  produzindo   navios a vapor,  mais de 71 navios foram  lançados ao mar, alguns dos quais  foram construídos e destinados  especialmente à  guerra   da tríplice aliança contra o  Paraguai em 1864-1870.
            Merece destaque  o memorável fato quanto em  30 de abril de  1854, ao  som de  apitos festivos,  o  primeiro trem  a vapor  chamado  de Baronesa ( homenagem a sua mulher)  percorria  os    14 km entre  o Porto de Estrela,  na Guanabara e   Raiz  da Serra,   no percurso da  cidade de Petrópolis, na ocasião   inaugurada  pelo Imperador  D. Pedro II. Tal empreendimento  foi reconhecido pelo imperador  e   Irineu Evangelista de Sousa  ganhou  o título de Barão de Mauá.
            Vinte anos depois, 1874    passado  por  desgastes  e sofrido  hostilidades   do Império,  Barão de Mauá que  nunca  deixou de  ser um   visionário  do  país,   sonhou, juntamente  com outros investidores  brasileiros,  a possibilidade  de estabelecer  comunicação com o mundo.  Assim,  como um  empreendedor  nato,  liderou a Implantação do primeiro  telégrafo via cabo- submarino  entre   Brasil-Europa,  oportunidade  que recebeu  a  gratidão e reconhecimento  do Imperador  D. Pedro II,   sendo   promovido a Visconde de Mauá.
Nesta   ocasião,  o  imperador  enviou mensagens  a rainha Vitória, Papa Pio IX e  o imperador da Alemanha  Guilherme I.  O país  reconhece neste projeto,  o  pioneirismo de Mauá  que promoveu e implantou  novos  meios de comunicações.  Pode-se dizer que   a partir daquele  ano,  o  Brasil  “aproximou  distâncias”  integrou   o mundo das comunicações, e se fez presente no concerto  das nações.  

            A historia de  Visconde de  Mauá (1883)  deixa   em  seu rastro,  uma  epopeia   de fatos, desafios e exemplos  que deveriam  ser  estudados  em todas  as escolas.
Irineu Evangelista de Sousa   foi um homem industrioso, pode-se dizer um Ulisses, não só preocupado com a industrialização,  diversificar  a economia, gerar   empregos, mas  também trabalhou  pela abolição da escravatura e autonomia  econômica do país, sendo  reconhecido  entre seus pares por   defender com veemência tais  ideias consideradas  liberais na época.

            Mauá   ousou desafiar a letargia  do governo  brasileiro,   dos   ministros  e os  servidores que parasitavam o Império ocioso e  indolente. Tais assessores   do império    comportavam-se como verdadeiros  Cíclopes,   enxergavam apenas  de um olho só,  sendo  incapazes de  ver “o  novo”,  tinham  olhar apenas  para o extrativismo,  e como objetivo  fortalecer uma  oligarquia agonizante   que vivia  as custas  da   inominada escravidão.   

            Assim, enquanto o império acumulava seus tesouros em bancos  estrangeiros e a oligarquia dormitava a  sombra  dos cafezais,  prevendo a frente vitoriosa da  República,  Irineu de Sousa , seguia seu instinto  de   empreendedor, continuava a investir  seus recursos,   fundando  novas  empresas e  patrocinando   o desenvolvimento  do Brasil industrial.

            Diante desta inquietude empresarial brasileirta,  Mauá não só  fundou 25 empresas  como  tornou-se uma das maiores fortunas do país. Caldeira ( 1995,p.439) observa que enquanto o orçamento do império era de 18 mil contos de réis,  a fortuna   pessoal da  Mauá & Cia atingia  115 mil contos  de réis,  equivalendo  a 12 milhões de libras esterlinas  ou 60 milhões de dólares,   tornando-o  um dos empresários mais ricos do mundo,  a ponto  de Julio Verne  em  sua obra, A volta ao Mundo em 80 dias,  citar um de seus  personagens  Mr. Foggs como cliente do Banco Mauá.  
             
            Conforme  prescreve   Caldeira (1995,p.540),  certa vez,  Mauá, em condição estável,  sem problemas financeiros,  em carta a Ricardo Carruthers,  faz um comentário, reforçando o fato  que se repete  nos dias de hoje  entre o   público- privado: “...desgraçadamente  entende-se  que os empresários devem perder para que o negócio seja bom para o Estado, quando é justamente o contrário que consulta os interesses do país”.  Citação prescrita  em seu livro  Exposição  do Visconde de Mauá aos Credores  de Mauá & C e ao Público( 1878). 

                         Após correr riscos e enfrentar  as hostilidades palacianas  foi  obrigado  a pedir concordata.  Àqueles que analisaram  os empreendimentos  de Mauá & C  verificaram  que   na   caminhada  de empreendedor,  nunca  lhe fugiu  a responsabilidade,  nem  sua  credibilidade  junto aos  colaboradores e  acionistas,  jamais  deixou de honrar os  compromissos  com   seus   credores.

            Diante das  contingências do império brasileiro  pode-se concluir que   Barão de Mauá,  não foi  apenas  um   “exército de um homem só”,  mas certamente foi  um  “exemplo de um homem  só contra um exército do brasil imperio”.  Por fazer frente, as ideias  de industrialização, por realizar  sonhos que pareciam  utópicos, Visconde de Mauá  inaugurou   a maior ruptura  com o estatus quo da época,  permitindo   a economia do país   ensaiar os primeiros passos  para  industrialização,   exemplos que  perenes no tempo, eque deverão  ser  relembrados às novas gerações.
            Posteriormente, encontramos o Mauá tardio, um visconde  que  ressurge como a Fênix  Onírica,  merece destaque  sua liderança  em uma das maiores utopias do século XIX,  tornar possível, tornar  real,  o primeiro sistema de telecomunicações  via cabo-submarino  e com isso    interligar  o  Império  do Brasil  ao mundo.  Diante desta inquietude, como não reconhecer na figura de Mauá, como   ícone do  empreendedorismo nacional,  o exemplo de empresário  empreendedor  que fundou  25 empresas e  tornou-se  uma das maiores fortunas  do país. 
           
              Visconde de  Mauá  deixa em sua trajetória  dois  exemplos marcantes: o primeiro se inscreve   nos traços da  personalidade  do empresário,   todo empresário  empreendedor deve  possuir vocação ou  disposição   para   empreender.  O segundo  demonstra um otimismo, ou seja, todo  empreendedor   deve  acreditar na possibilidade  de realizar  seus  sonhos  utópicos,   considerando que  todo empreendimento   que-ainda-não-é,  terá  a  possibilidade-de-ser.

              Quanto as utopias concretas deMauá, estão presentes na história  apenas,  para serem  contempladas ou  admiradas, os   eventos   que foram  possíveis não devem  alimentar um  saudosismo do passado,  mas  sim, ser  motivador,  entusiasmar   o espírito inovador do ser humano,  principalmente   devem  servir  de  inspiração  tanto  para o  setor  público como setor privado.

            Estas reflexões sobre   Mauá  e seu empreendedorismo    asseguram  que  um  país  que planeja  suas   estratégias  focadas   na construção  do futuro,  não tem espaço para  o pessimismo, ao contrário deve ser capaz de  mostrar  as futuras gerações   que  sem  entusiasmo,  sem    otimismo,   sem esperança  estaremos    reificando   a  festejada  oligarquia  do império e  dando vida,   a velha  relação   incestuosa com  o  Estado burocrático.
            É possível   empreender,  é possível  acreditar  no amanhã,   o  desafio  de  construir  o Brasil do Futuro   está aliado  a uma  esperança,  ao otimismo  militante,  capaz de   desenvolver condições  político-sociais e  econômicas, de  promover a  sustentabilidade e  de oferecer  qualidade de vida a seu povo.
            Este pode ser um dos  legados  de  Visconde de Mauá,  um homem do seu tempo, que  sempre   será  lembrado  como exemplo  de empreendedor,  que  sempre será  estudado  nas Escolas,  nas  Universidades e  nas mais diversas áreas de administração, contabilidade, economia, engenharia, e nas ciências política -sociais e humanas   como  homem público  e respeitado  humanista.  

            Nestes 200 anos  que celebramos  Visconde de Mauá, os  brasileiros e o mundo    poderão   rever os sonhos e às   utopias–concretas  de um empresário  empreendedor:
 enquanto houver navios  nos portos,  singrando mares e rios;
 enquanto houver alguém produzindo  energia ;
 enquanto a houver alguém iluminando uma cidade ;
 enquanto houver  um empresário  buscando investimentos;
 enquanto houver  meios de telecomunicações;
 enquanto houver  um historiador comprometido com a pesquisa;
  enquanto houver um sonho,  um visionário, uma utopia -possível;
 enquanto  houver um apito de um trem ...
poderemos dizer   ali  está presente o   “espírito de  ser”   de Irineu Evangelista de Sousa,   Visconde de Mauá,  um  Ícone  do empreendedorismo,   o empresário que  desafiou Império Brasileiro, para realizar seus  sonhos e utopias   e dar início  a modernização do país.  

Referências
BLOCH, Ernst.Princípio Esperança.Tradução.Nélio Schneider. Rio de Janeiro: Ed.UERJ Contraponto,2005.V-I,V-II,V-III.
CALDEIRA,Jorge. Mauá Empresário do Império. São Paulo: Companhia das Letras,1995.
__________Fluente e empolgante: o Brasil descobre Mauá. ERALIGTH, São Paulo: V.2n.3,p.8-14.mai/jun 1995.
HIRISCH, Paul M.. Entrepreneurship,entrapreneurship and venture capital: The foundations of economics renaissance. Lexinton: Lexinton Book,1986.
 IZECKSOHN, David;MARTINS, Paulo Emílio M. Mauá e Cia: a Autocrítica do Maior  Empreendedor Brasileiro do Século XIX. Brasilia: XXIX EnANPAD, 1995.
KKETS DE VRIES, Manfred F.R. The entrepreneurial personality: a person at the crossroads. The journal of Management Studies, V.14,n.1, p.34-57,1977.
MAUÁ,Irineu Evangelista de Sousa..Exposição do Visconde de Mauá aos Credores de Mauá &C e ao Público.Rio de Janeiro: Typ. Imp e Const. de J. Villeneuve &C,1878.
MINTZBERG,H. (ORG.) Safari de Estratégia:um roteiro pela selva do planejamento estratégico.Porto Alegre: Bookmann,2000.
SOUZA, Ricardo Timm de. Em Torno à Diferença: Aventuras da Alteridade na Complexidade da Cultura Contemporânea. Rio de Janeiro: Ed. Lumen  Juris, 2008.